Religião

‘Prazer sexual é um presente de Deus’, diz Papa Francisco

18/01/2024


 

Durante uma audiência geral na manhã desta quarta-feira, o Papa Francisco afirmou que o prazer sexual é um “presente de Deus”. O pontífice falou com fiéis na sala Paulo Vl sobre o vício da luxúria.

Ele diz que no cristianismo não há “condenação do instinto sexual”. Para o argentino, o prazer sexual deve ser valorizado, mas é “minado pela pornografia”, já que a “satisfação sem relacionamento” pode gerar “formas de dependência”.

— Vencer a batalha contra a luxúria, contra a “objetificação” do outro, pode ser uma empreitada ao longo da vida. O verdadeiro amor não possui, ele se doa; servir é melhor do que conquistar. Porque se não há amor, a vida é triste, é uma solidão triste.

O Papa ainda falou que castidade e abstinência sexual não são a mesma coisa. Ele explicou que esta virtude deve estar “ligada à vontade de nunca possuir o outro”. O pontífice ainda classificou a luxúria como um “vício perigoso”.

— Quantos relacionamentos que começaram da melhor maneira possível acabaram se tornando relações tóxicas, de posse do outro, carentes de respeito e senso de limites? Devemos defender o amor, o amor do coração, da mente, do corpo, o amor puro no ato de se entregar ao outro. E esta é a beleza da relação sexual.

 

Vaticano autorizou que casais do mesmo sexo recebam bênçãos não litúrgicas

Num documento publicado em 18 de dezembro e aprovado pelo Papa Francisco, o Dicastério para a Doutrina da Fé autorizou a bênção de casais “irregulares” aos olhos da Igreja, incluindo casais que contraíram matrimônio mais de uma vez ??e casais do mesmo sexo, desde que essa bênção fosse realizada fora dos rituais litúrgicos.

A Igreja entendeu que “as pessoas que procuram o amor e a misericórdia de Deus” não devem ser sujeitas a “uma análise moral exaustiva”.

Entretanto, duas semanas depois, o Vaticano esclareceu que as bênçãos para os homossexuais “não são ritualizadas” e que se caracterizam “pela simplicidade e brevidade da sua forma” porque “não pretendem justificar algo que não é moralmente aceitável”.

 

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