Saúde

RN registra dois casos de Mpox entre janeiro e agosto de 2024, diz Sesap

17/08/2024


 

O Rio Grande do Norte registrou dois casos de Mpox - doença anteriormente conhecida como Varíola dos Macacos - entre janeiro e agosto de 2024, até esta sexta-feira (16), segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Os dois pacientes receberam atendimento em Natal: um em fevereiro no Hospital Giselda Trigueiro, e o outro em maio, em um hospital da rede privada.

Os casos não são da nova variante da doença que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) voltar a anunciar, nesta semana, a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. O Brasil não registra nenhum caso dessa nova variante.

O novo alerta da OMS aconteceu por conta de um surto no continente africano. Segundo a OMS, fora da África, até o momento, "o surto continua com um baixo nível de transmissão". Antes disso, a doença teve um surto mundial em 2022, o que havia feito a OMS emitir um outro alerta.

De 2022, quando a doença chegou ao Brasil, até agosto de 2024, o RN teve 154 casos confirmados de Mpox e nenhuma morte. Nesse período, o estado tem registrado queda nos números de caso a cada ano. Veja abaixo:

 

2022 - 142 casos

2023 - 10 casos

2024 - 2 casos (até o mês de agosto)

 

Em 2023, o estado recebeu doses de vacina contra a Mpox para grupos específicos. Todas as doses foram usadas, e a Sesap informou que entrou em contato com o Ministério da Saúde para receber uma nova carga.

"Eles estão avaliando, e os estados que já administraram todas as doses serão prioritários pra receberem mais", explicou Diana Rêgo.

O médico infectologista e diretor do Hospital Giselda Trigueiro, André Prudente, explicou que a doença tem dois Clados, que seriam espécies de variantes do vírus.

"A epidemia que ocorreu em 2022 até o início de 2023 foi provocado por um tipo. Agora, está circulando em países onde não circulavam outro tipo do vírus, o outro Clado. Esse Clado é mais transmissível", explicou.

Segundo o infectologista, o Clado que tem circulado pode provocar casos um pouco mais graves, o que gerou a preocupação da OMS.

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