Educação

Dia Mundial do Orgulho Autista é comemorado nesta terça-feira

18/06/2024


 

O Dia Mundial do Orgulho Autista é comemorado nesta terça-feira, 18. Criado em 2005 pela organização norte-americana Aspies for Freedom, a data tem o objetivo de esclarecer a sociedade sobre o assunto, ensinar a reconhecer as diferenças no funcionamento cerebral e oferecer melhores condições de desenvolvimento intelectual e convivência em família.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) define Transtorno do Espectro Autista (TEA) como uma condição de desenvolvimento neurológico, definida por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos ou interesses repetitivos e restritos. Embora os sintomas configurem o núcleo do transtorno, a gravidade e a apresentação em cada indivíduo é variável.

Diante do contexto escolar, é notado um aumento de matrículas de estudantes com TEA nas escolas brasileiras. Dados do Censo Escolar 2023 apontam que o número de matrículas de pessoas com autismo passou de 429 mil, em 2022, para 636 mil, em 2023 no país. O aumento pode evidenciar os desafios de uma educação inclusiva, que atenda todos os estudantes.

Para os profissionais da educação é recomendada a adaptação curricular ao longo do percurso pedagógico. A psicopedagoga Leila Souza pontua que cada criança deve ter um plano educacional individualizado, com metas claras, para promover seu desenvolvimento efetivo.

“A adaptação curricular será de suma importância, pois as propostas trabalhadas e não assimiladas pelo estudante, deverão ser constantemente avaliados e revistos ao longo do processo, de forma que possam ser apresentadas novas propostas didático- pedagógicas, possibilitando a consolidação da habilidade e aprendizado”, diz.

“Os professores precisam se informar e ter formação continuada. Quanto mais souberem como agir, melhor para cada criança, que se sentirá mais segura no contexto escolar. É importante conhecer o perfil do estudante, suas áreas de interesse e motivação, buscar identificar as suas potencialidades e dificuldades, traçando objetivos para que haja avanços significativos”, acrescenta a especialista.

O ensino inclusivo para estudantes com o TEA é presente nas escolas municipais baianas, a exemplo de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A rede municipal, parceira do A TARDE Educação, conta com 27 salas de recursos multifuncionais, distribuídas entre as áreas urbana e rural. Essas unidades oferecem serviços pedagógicos especializados para alunos com autismo e outras deficiências, abrangendo turmas desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental e na Educação de Jovens e Adultos (EJA). O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é realizado em horário complementar ao das aulas regulares.

Segundo Rozilda Magalhães, pedagoga, assistente social e professora da Escola Municipal Mário Batista, em Vitória da Conquista, o projeto começou com a matrícula de alunos com deficiência em classes comuns e evoluiu para um modelo didático-pedagógico avançado, beneficiando 43 mil alunos nas 181 escolas da cidade, seguindo todas as políticas educacionais da inclusão estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

Para reforçar o aprendizado, os professores do AEE são pós-graduados em áreas da educação especial, como inclusão, psicopedagogia, psicologia da educação, alfabetização e letramento. Eles também recebem formação específica em Atendimento Educacional Especializado, oferecida pela equipe de Educação Especial Inclusiva da Secretaria Municipal da Educação (Smed).

“A sala de recursos multifuncionais opera em regime de colaboração, como escola-escola-comunidade-serviços da sociedade, para garantir que alunos com TEA tenham acesso, permanência e aprendizagem escolar assegurados. Este espaço se destaca por utilizar recursos além dos tradicionais lápis, borracha, caderno e quadro-branco, oferecendo materiais palpáveis e personalizados para cada aluno com TEA. De modo geral, os trabalhos na sala tem por orientação a legislação educacional brasileira, dentre os documentos legais cita-se, a LDB 939496, do Decreto 761111, a Lei do Autismo ou Lei Berenice Piana (12.764/12) e a Lei da Inclusão 13.146/2015”, pontua a professora Rozilda.

Essa publicação é um oferecimento

DROGARIA POUPE JÁ