Educação

Professores da Ufersa decidem nesta terça (04), se entram em greve

04/06/2024



 

Os professores e professoras da Universidade Federal Rural do Semi-Árido decidem nesta terça (04) se também irão aderir à greve da categoria.

Por causa do calendário acadêmico diferente das demais universidades para reposição de semestres anteriores, a instituição entrou de férias quando o debate sobre a possível paralisação ainda estava em desenvolvimento.

“A discussão se intensificou entre fevereiro e março. Na época, a maioria foi contra a greve, cerca de 97%. Tivemos o final de semestre em abril e só retomamos agora, na semana passada. Não havia sentido fazer greve durante o recesso dos docentes”, detalha Thiago Arruda, presidente da Associação dos Docentes da Ufersa (Adufersa).

A assembleia será realizada a partir das 15h nos quatro campi da instituição, simultaneamente. No campus Central, em Mossoró, e nas unidades instaladas em Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros.

“Temos equipamentos que vai permitir a reunião simultânea nos quatro campi. A pessoa não pode participar de casa, terá que estar presente em sua unidade. Durante a assembleia discutiremos a conjuntura atual. Mesmo que a maioria decida pela paralisação, ela não é automática, porque é preciso um prazo mínimo de 72 horas de antecedência, além disso, durante a votação também é possível definir uma data para que a greve seja iniciada”, esclarece Thiago Arruda.

A Adufersa é afiliada ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) que aguarda agora negociação com o Ministério da Educação (Mec) em duas reuniões agendadas para os dias 11 e 14. Em contraproposta apresentada ao Governo Federal, o grupo admite reajuste de 0% este ano, mas com recomposição das perdas salariais de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026; além de cumprimento de outros pontos de pauta, como garantia de paridade entre ativo(a)s e aposentado(a)s e o reenquadramento do(a)s aposentado(a)s na carreira na posição relativa ao momento de suas aposentadorias; aplicação de reajustes salariais lineares, sem revisão dos chamados “steps”, instituição de uma mesa de negociação permanente para discussão ampla da carreira, na perspectiva da alteração da situação de desestruturação vivida hoje; e criação da mesa nacional permanente da educação para discussão do orçamento, recomposição orçamentária para as Instituições Federais de Educação (IFEs) no patamar mínimo de R$2,5 bilhões em 2024, tendo como horizonte o restabelecimento dos investimentos de verbas de uso discricionário segundo os de 2016, com as correções inflacionárias, bem como manutenção dos pisos constitucionais da saúde e educação.

 

UFRN

 

Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 56,95% dos docentes decidiram nesta última semana, em plebiscito, manter a greve iniciada em 22 de abril. A votação foi realizada nos dias 29, 30 e 31 de maio, mas o plebiscito foi questionado pela categoria devido a falta de debate sobre as pautas em assembleia.

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SÃO JOÃO CÂMARA